UNDIME/MT

27 setembro, 2021

Desafios do processo de ensino-aprendizagem na pandemia foram debatidos no 18º Fórum da Undime

   

 A mesa fechou com chave de ouro o segundo dia de evento

A programação do 18º Fórum Nacional da Undime, na tarde da quinta-feira (16), encerrou o dia com a mesa sobre “O processo de ensino-aprendizagem durante a pandemia”.

E para explicar um pouco melhor como esse cenário tem afetado o direito à educação, a Undime convidou para fazer parte do debate, Beatriz Abuchaim, gerente de Relações Institucionais e Governamentais da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, que falou sobre Educação Infantil; Maria Regina Passos, assessora técnica dos Grupos de Trabalho de Alfabetização e Educação Infantil da Undime, que abordou o tema Alfabetização, Habilidades e Competências para o Ensino Fundamental; Kátia Smole, diretora do Instituto Reúna, falou sobre Avaliação Diagnóstica; Maria Inês Fini, pesquisadora e doutora em Educação, trouxe a tona a discussão sobre Educação Híbrida; e Edna Borges, gestora e formadora de Projetos Socioeducacionais finalizou falando sobre Competências Socioemocionais.

A mediação ficou por conta de Marcia Aparecida Baldini, Dirigente Municipal de Educação de Cascavel/PR.

Beatriz Abuchaim defendeu que o Brasil tenha uma educação infantil que atenda a demanda das crianças e das famílias, com boas condições de trabalho e emprego para os professores, que seja inclusiva, e que atenda a todas crianças e adolescentes, independentemente das raças, gênero e condição social. Para ela, o foco do trabalho não pode apenas ser um livro didático. “Precisamos afirmar a importância do monitoramento e de processos de avaliação da educação infantil, que são premissas básicas na educação das crianças”, disse.

Para Maria Regina Passos é inadmissível a quantidade grande de analfabetos no País. E como solução, ela aponta a igualdade, diversidade e equidade. Regina afirma que: “o professor tem o dever de zelar pela educação dos alunos. Se não tem recursos, repertório e mobilidade, não existe a possibilidade de fazer um trabalho bem feito”, disse.

De acordo com Kátia Smole, o Brasil tem a necessidade de trabalhar a recomposição da aprendizagem, sem se preocupar com a recuperação do que foi perdido, considerando que os estudantes não tiveram acesso a todas as atividades. “A ideia do contínuo curricular é que os nossos estudantes precisam ter uma correção do currículo, sem acelerar. Precisamos priorizar a recomposição por meio de escolha cuidadosa e eficiente, com seleção de atividades, experiências didáticas e a formação dos professores”, destacou.

Em sua fala, Maria Inês Fini apontou que a educação já vinha atuando com um olhar para o aluno com emoção, sentimento e cooperativismo e que a pandemia da covid-19 obrigou a todos ao distanciamento, e que mesmo assim buscou-se manter os laços sociais e emocionais. “A retomada agora precisa ser a partir daquilo que a escola registrou como sendo ensino. Esse é o primeiro requisito de uma boa avaliação. O segundo ponto é medir, e com que fita métrica vamos medir, o ensino que foi feito? A fita métrica do que nós planejamos em 2020 e nada pode ser suprimido, tudo tem que ser aproveitado. E temos que dar um apoio muito grande ao novo gestor, para que as crianças possam ter acesso a intenet. Nós temos que fazer uma escola de qualidade para todos com as condições reais que temos”, declarou.

Edna Borges finalizou dizendo que todos precisam trabalhar a tolerância e a autoconfiança, mesmo diante daquilo que foi programado e que fugiu do controle. “Precisamos manter o foco, nos reorganizar, reinventar e sermos tolerantes às frustações, sabendo que, por mais que planejamos e organizamos, as coisas podem não sair como esperávamos. Precisamos continuar acreditando. E como fazer isso na escola? E em sala de aula? Levando para o nosso planejamento. A competência socioemocional não tem aula, ela é vivência e prática, por isso que a Base Nacional Comum Curricular traz e a gente leva para os nossos currículos”.

Fonte: Undime